ATA DA VIGÉSIMA QUARTA SESSÃO SOLENE DA QUARTA SESSÃO LEGISLA­TIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 23.06.1992.

 


Aos vinte e três dias do mês de junho do ano de mil novecentos e noventa e dois reuniu-se, no P1enário Otávio Rocha, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Vigésima Quarta Sessão Solene da Quarta Sessão Legislativa Ordinária da Décima Legislatu­ra. Às dezessete horas e quarenta minutos constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão Solene destinada a homenagear o Grêmio Atlético Marcelino, em razão da passagem do cinqüentenário da Agremiação e a entrega do Prêmio Ecologista do Ano ao Programa “Projeto Arco-íris” da TV Guaíba, concedido através dos Projetos de Resolução nºs 75/92 e 51/91 (Processos nºs 762/92 e 2802/91), respectivamente, de autoria dos Vereadores Wilton Araújo e Luiz Machado. A seguir, o Senhor Presidente convidou os Líderes de Bancada a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalida­des presentes. Compuseram a Mesa: Vereador Dilamar Machado, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Senhor José Miguel da Conceição, Vice-Presidente do Grêmio Atlético Marcelino e Homenageado; Senhor Nelson Cardoso, Diretor e Apresentador do Programa “Projeto Arco-íris” e Homenageado; Major Paulo Astor Cordeiro, representando o Comando Geral da Brigada Militar e o Vereador Wilton Araújo, Secretário “ad hoc”. Em continuidade o Senhor Presidente convidou a todos para ouvirem, de pé, o Hino Nacional. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Wilton Araújo, proponente e em nome das Bancadas do PDT, PT, PMDB, PTB, PPS e PL teceu comentários acerca do Grêmio Atlético Marcelino que ao longo dos seus cinqüenta anos de atividade muita alegria trouxe para o grupo de pessoas que faziam parte desse clube que também descobriu atletas que se destacaram e passaram a fazer parte do esporte profissional. Disse, ainda, que o Marcelino continue a mostrar seu trabalho para a juventude desta Cidade. O Vereador Luiz Machado, proponente e em nome das Bancadas do PDT, PT, PMDB PTB, PPS e PL saudou os presentes e disse que a homenagem ao Grêmio Atlético Marcelino, proposta pelo Vereador Wilton Araújo, era motivo de grande satisfação pois aconteceu em conjunto com a sua homenagem ao Programa Arco-íris, na pessoa de seu idealizador. Disse que quando apresentou, nesta Casa, o projeto criando o Título Ecologista do Ano não foi pensando na Eco-92, sua intenção era dar conhecimento à sociedade porto-alegrense as pessoas que se destacaram na luta em defesa da preservação do meio ambiente. O Vereador João Dib, em nome da Bancada do PDS cumprimentou os Vereadores Wilton Araújo e Luíz Machado pela iniciativa justa, correta, aos Homenageados dessa Sessão Solene. Disse que o Marcelino, clube com cinqüenta anos de atividades, era jovem e mais forte porque acumulou experiências e poderia dar à Cidade muitas coisas boas. Falou do Senhor Nelson Cardoso com seu programa na TV-2, num momento em que o mundo se preocupa e muito com a ecologia. Disse, ainda, que o Programa “Projeto Arco-íris” continuasse a trazer informações, orientando e dizendo que nem tudo estava perdido. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença, no Plenário, dos Senhores Newton Baggio, Diretor-Presidente da METROPLAN; Alcindo Raimundo Macalé; Coral Vozes da Escola Estadual José do Patrocínio; Coral Juvenil Canarinhos da Restinga e do Presidente da Associação Gaúcha. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor José Miguel da Conceição que agradeceu a home­nagem prestada pela Casa. Após, o Senhor Presidente convidou o Vereador Luiz Machado para fazer a entrega do prêmio Ecologis­ta do Ano ao Senhor Nelson Cardoso, pelo programa Arco-Íris, da TV Guaíba. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a pa­lavra ao Senhor Nelson Cardoso que agradeceu a homenagem pres­tada pela Casa. A seguir, foram ouvidos os dois Corais. Após, o Senhor Presidente agradeceu a presença de todos e, nada mais havendo a tratar, declarou encerrados os trabalhos às dezenove horas, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Dilamar Machado e secretariados pelo Vereador Wilton Araújo, secretário “ad hoc”. Do que eu, Wilton Araújo, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e Secretário.         

 

 


O SR. PRESIDENTE: Damos por abertos os trabalhos desta Sessão Solene destinada a homenagear duas entidades, a primeira é o Grêmio Atlético Marcelino, em razão da passagem do seu cinqüentenário de fundação, homenagem que foi requerida pelo Ver. Wilton Araújo e aprovada por unanimidade da Casa,  e também teremos a entrega do prêmio Ecologista do Ano ao programa Projeto Arco-Íris, da TV Guaíba, na pessoa de seu idealizador e apresentador, Dr. Nelson Cardoso. A outorga deste prêmio se deve à iniciativa do Ver. Luiz Machado e foi aprovada, também, pela unanimidade dos Vereadores deste Legislativo.

Convido a todos os presentes para que, de pé, ouçamos o Hino Nacional Brasileiro.

 

(É executado o Hino Nacional.)

 

Gostaria de registrar a presença do ilustre Diretor-Presidente da METROPLAN, Dr. Newton Baggio, a quem agradecemos pelo prestígio dado à Casa; registro também a presença de Alcindo Raimundo Macalé, prezado amigo, dos mais importantes homens públicos da Direção do Carnaval de Porto Alegre; obrigado, Macalé e aos seus companheiros pela presença, a todos os amigos que nos prestigiam e vamos abrindo a nossa homenagem concedendo a palavra ao nobre Ver. Wilton Araújo, proponente da homenagem ao Grêmio Atlético Marcelino pela passagem de seu cinqüentenário, e que falará em nome do PDT, do PT, do PMDB, do PTB, do PPS e do PL.

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Sr. Presidente Ver. Dilamar Machado; Dr. José Miguel da Conceição, representante do Grêmio Atlético Marcelino; Exmo. Sr. Diretor e apresentador do Programa Projeto Arco-Íris, querido amigo Nelson Cardoso; representante do Comandante-Geral da Brigada Militar Major Paulo Astor Cordeiro; recém mencionados companheiros Baggio, da METROPLAN e o querido amigo Superintendente da CORSAN Carlos Alberto dos Santos, entre tantos amigos que hoje estão aqui reunidos para esta homenagem que é, sem dúvida nenhuma, merecida, singela, como é o nosso povo, singela, como é a Casa do nosso povo, mas muito merecida, muito sentida, muito do coração da gente. Porque o Grêmio Atlético Marcelino, ao longo dos seus 50 anos de existência – não são poucos – 50 anos de trabalho, de dedicação, de união dessas famílias que ainda hoje se reúnem mensalmente, que ainda hoje confraternizam e partilham de momentos bons, lá nos idos de 5 de julho de 1942 formavam a sua primeira Diretoria, composta pelo Presidente Vicente de Santis, pelo vice Celeste Aleixo, pelo Tesoureiro Napoleão Pegoraro, pelo Secretário Otávio Silva, técnico-amador Reinaldo Weber, pelo técnico juvenil Dorival Leivas Valinho, que pela carga emocional não conseguiu comparecer hoje.

O Marcelino, através da sua trajetória conseguiu galgar e chegar a vários títulos, em campeonatos. E projetou muitos nomes que fizeram época no futebol de Porto Alegre e do Estado do Rio Grande do Sul,  nomes que se destacaram nos grandes clubes da época saíram, exatamente, do Marcelino. O Marcelino que teve a sua fundação, seu início, ali na Baronesa, no areal, onde teve início tanta coisa boa, onde tanta coisa boa nasceu, futebol, carnaval. Dali surgiram os grandes nomes que Porto Alegre hoje reverencia. Por exemplo, o Laerte III, que jogou no Vasco da Gama e Cruzeiro, saiu do Marcelino; O Guaraci que jogou no Renner, no Internacional; O Dóia que jogou no Internacional e na Seleção Gaúcha. O Sano que jogou no Grêmio, no Curitiba. O Ari Conceição, no extinto Nacional. O Carlos D’Ávila, no Renner. O Sinval no antigo Floriano, hoje, Novo Hamburgo. O Neri Caveira, que jogou no Cruzeiro, e, hoje, é nota 10 no Carnaval. Vejam como tudo está relacionado, tudo o que nasceu da Baronesa, nos trouxe o futebol, o Carnaval, trouxe coração, trouxe alegria para Porto Alegre, trouxe com profundidade, para o coração e a alma de Porto Alegre, e a alegria que temos, hoje, a Câmara Municipal, em homenagear o Grêmio Atlético Marcelino.

E não só o Grêmio Atlético Marcelino.

Por serem grandes as atividades, as atribuições da Câmara Municipal de Porto Alegre, havia dificuldades no calendário. Por isso, hoje, estamos homenageando o Cinqüentenário do Marcelino e também entregando o prêmio que o Ver. Luiz Machado concede a esse grande programa, a esse grande objetivo ecológico coordenado pelo Nelson Cardoso. Então, ficavam por demais bem representadas, ficaram por demais bem escolhidas estas duas homenagens.

Mas, voltando ao Marcelino, ao Marcelino que tem história, ao Marcelino que conquistou durante 50 anos vários títulos, entre eles, a gente poderia citar o de heptacampeão juvenil da Cidade, o tricampeonato da Esperança de Porto Alegre, o campeonato amador de Porto Alegre. Também em termos de corrida de rua, em primeiro lugar, dos clubes amadores e a participação dos campeonatos metropolitanos de basquete... O Marcelino reuniu um grupo de pessoas que tinham uma finalidade, a finalidade de se tornarem úteis à sociedade, via aquilo que é o mais caro, o melhor, o lazer, o esporte, a amizade e a vontade de contribuir para Porto Alegre se tornar muito melhor.

O Grêmio Atlético Marcelino tem hoje mais responsabilidade do que tinha há 50 anos porque há 50 anos era muito mais fácil de se fazer isso: de ter amizade, praticar esportes, lazer e confraternizar em família. Hoje, é muito mais difícil e a Diretoria de hoje, o Guaraci, o Presidente e demais membros da Diretoria têm uma tarefa redobrada que é de reativar, reviver e refazer os ideais iniciais do Marcelino. E o Marcelino, no dia de hoje reage quando a família enfrenta a sua degradação moral e outras coisas difíceis de nós agüentarmos na cidade grande que cresceu e se despersonalizou, que deixou ruim o nosso dia-a-dia. Vocês têm, agora, uma missão muito maior do que aquela,  aquela era fácil, lá era fácil. Hoje, convoco e faço um desafio a que vocês revivam com todo aquele vigor, porque hoje a nossa juventude precisa muito mais ver o Marcelino de novo nos campos, brilhando e criando astros, brigando para ter campos, espaços de lazer na cidade, brigando para que a nossa Cidade, a nossa gente e a nossa juventude possam ser um pouco daquilo que vocês foram durante 50 anos: grandes cidadãos de Porto Alegre. A Cidade só tem a agradecer a todos vocês que fizeram e fazem até hoje o Grêmio Atlético Marcelino. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Luiz Machado, que falará em nome das Bancadas: PT, PMDB, PDT, PTB, PPS, PL, fará a sua saudação ao seu homenageado, Jornalista Nelson Cardoso, Diretor e apresentador do Programa Arco-Íris, da TV Guaíba.

 

O SR. LUIZ MACHADO: Sr. Presidente, Dilamar Machado, Sr. Presidente do Grêmio Atlético Marcelino, Dr. José da Conceição; Sr. Diretor apresentador do Programa Projeto Arco-Íris, nosso companheiro Nelson Cardoso, homenageado de hoje; Sr. Representante do Comandante-Geral da Brigada Militar, nosso companheiro Paulo Astor, eu digo companheiro, porque nos deixou há pouco tempo e já estamos com saudade, ex-Comandante da 4ª Cia. da Brigada Militar na Restinga. Também quero, aqui, saudar o Coral, os Canarinhos da Restinga e o Coral da Escola José do Patrocínio.

Srs. Vereadores, Wilton de Araújo, e o Ver. João Dib, líder do PDS, demais comunidades aqui presentes.

Esta homenagem ao Grêmio Atlético Marcelino, que o Ver. Wilton Araújo propôs, é um motivo de grande satisfação, que a nossa homenagem também esteja junto com essa grande personalidade que é o Grêmio Atlético Marcelino, em razão da passagem do seu cinqüentenário de agremiação.

Ao Programa Arco-Íris nós vamos render a nossa homenagem de hoje e, após pronunciamento deste Vereador, temos uma homenagem dos corais da nossa Restinga. (Lê.)

“Sou mais chegado à ação, do que às palavras, por isso, serei breve.

Estamos aqui reunidos para expressar o nosso reconhecimento e premiar o programa ‘Projeto Arco-Íris’, da TV Guaíba, na pessoa de seu idealizador, senhor Nelson Cardoso, com o Título Ecologista do Ano.

Ano passado, quando apresentei neste Legislativo Projeto criando o título Ecologista do Ano, não foi pensando na Eco-92 naquela época pouco se falava, ou se sabia sobre esse evento movia-se, sim, a intenção de levar à sociedade, através desta Casa que a representa, condições de identificar e recompensar o esforço daqueles que se destacam na luta em defesa da preservação do meio ambiente, hoje, esse assunto alcançou nova dimensão e é do conhecimento da maioria do povo brasileiro que se orgulha de ver o seu país sediar o maior encontro de chefes de Estado até hoje realizado, em toda a história da humanidade representantes de povos dos quatro cantos da terra, esquecidos de diferenças ideológicas, de convicções religiosas, de raça, ou cor, reuniram-se num esforço de boa vontade jamais testemunhado, para atender ao grito de socorro, emitido pelo nosso planeta, a espécie humana está destruindo o seu berço, matando suas fontes de alimento se esta loucura continuar, a humanidade se tornará uma mendiga do universo, implorando por uma gota d’água e uma migalha de pão, a Eco-92 deu-nos uma grande lição mostrou a todos que a luta pela salvação de nosso planeta transcende conceitos mesquinhos, ideológicos ou filosóficos o primeiro passo de uma longa jornada foi dado, nos mostrando a necessidade e o dever de parabenizar e incentivar aqueles que se dedicam à preservação ecológica.

Para o meu orgulho e satisfação, este legislativo aprovou, por unanimidade, projeto de resolução de minha autoria, concedendo o título de ‘Ecologista do Ano’ ao senhor Nelson Cardoso, criador do programa ‘Projeto Arco-Íris’, da TV Guaíba hoje temos a honra de homenagear Nelson Cardoso, sem dúvida é merecedor de nosso carinho e aplausos, pelo seu incansável trabalho em prol do meio ambiente, obrigado Nelson Cardoso, que o universo seja semeado de amor e gratidão a todos aqueles que, a seu exemplo, dedicam horas, dias e anos a esta causa que deve ser abraçada por nós e pelas futuras gerações. Muito obrigado.”

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A Presidência registra a presença, entre nós, dos corais já anunciados pelo Ver. Luiz Machado, nosso querido amigo. O Coral Vozes, da Escola Estadual José do Patrocínio, e também do Coral Juvenil Canarinhos da Restinga. Durante a Sessão, estarão aqui conosco, nos alegrando, e trazendo apresentações de seus trabalhos musicais.

Agora falará em nome da Bancada do PDS, saudando os nossos homenageados, o Ver. João Dib.

 

O SR. JOÃO DIB: Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, meu caro Ver. Dilamar Machado. Meu caro amigo José Miguel da Conceição, neste ato representando o Grêmio Atlético Marcelino, na qualidade de seu vice-presidente. Meu caro amigo Nelson Cardoso, justamente homenageado aqui. Meus senhores, minhas senhoras. Amigos dos homenageados. Integrantes do Marcelino. Antes de mais nada, eu desejo cumprimentar os Vereadores Wilton Araújo e Luiz Machado pela iniciativa justa, correta, de homenagear um, o Marcelino, uma entidade com cinqüenta anos, de quem eu não vou dizer das suas qualidades porque cada um dos que aqui vieram, ligados ao Marcelino sabem muito mais do que eu. Mas também sabem, neste momento, em que estamos expressando o respeito da Câmara Municipal, do meu partido PDS pelos seus 50 anos, e dizendo também que ao completar 50 anos uma entidade é diferente de uma pessoa; aos 50 anos ela começa a ser mais jovem, mais forte, e vamos exigir muito mais dela, acreditamos que possa realizar muito mais, porque acumulou experiências, renovou  as suas forças, permanentemente, e hoje pode dar à Cidade muitas coisas boas. E, nós esperamos que isso ocorra. Ao nosso Nelson Cardoso com o seu programa Arco-Íris, muito justamente homenageado pelo Luiz Machado os nossos cumprimentos e também a certeza de que nós no momento em que o mundo se preocupa e muito com a ecologia, esperamos sempre que o nosso programa na TV-2 continue trazendo orientações, informações, e dizendo que nem tudo está perdido. Mas, eu dizia que eu não ia homenagear o Marcelino e o Nelson Cardoso, prefiro falar na coincidência. Vejam os senhores a magnífica coincidência que pode acontecer pura e simplesmente, mas também uma coincidência pode ser fabricada. E, hoje, o Ver. Wilton e Ver. Luiz Machado fabricaram a coincidência: a nossa Mesa presidida por um homem de comunicação, à sua direita também um homem de comunicação Luiz Miguel Conceição, engenheiro, colega meu, colega do Wilton, colega do Jaime Dalmarco, e também colega do nosso Nelson Cardoso. Dilamar conhecido com seu gravador de pilhas, entrevistando, buscando informações; o José Miguel Conceição, meu colega, meu companheiro de Escola de Engenharia, tinha um belíssimo programa de noite com música romântica, o que mais me lembro foi exatamente do programa que ele fez quando se formou, e apresentava o quadro do engenheiro novo com um problema sério de um edifício que tinha cedido alguns centímetros, tinha um assentamento bastante grave, e o engenheiro, então, começava a pensar e buscar soluções que a escola lhe havia ensinado; lá estava o congelamento do solo, levantando os pilares em condições de muito esforço do engenheiro, e o prédio estava outra vez sólido, perfeito, sem nenhum problema. O Nelson Cardoso, por todas as emissoras, sempre dando a sua contribuição, fez um dia que eu quisesse também ser homem de comunicação, aprendendo com ele, acompanhando o seu trabalho na TV-2, num encontro diário, onde aprendi a admirá-lo cada vez mais.

É muito boa essa coincidência de pessoas, que há tempo não se encontravam, hoje se encontram na Câmara Municipal. Todos aqui, neste momento, numa coincidência satisfeita, agradável, boa, saem um pouco mais entusiasmados, saem acreditando que não precisamos preocupar-nos tanto com o nosso meio ambiente, porque há pessoas que cuidam dele por nós; nós apenas vamos dar um pouco mais força, vamos apenas respeitar um pouco mais, porque aprendemos assim.

O mundo é bom, tem momentos extraordinários, onde a coincidência reúne gente tão boa como nós, que aqui estamos. Aquelas crianças que vão cantar vão-nos dizer que se o Marcelino tem 50 anos e elas tem oito, dez ou doze, vão se inspirar no Marcelino e vão também tentar marcar a sua passagem na história de nossa cidade pelo trabalho eficiente, pelo que aprenderam nas suas escolas. Vão nos alegrar por muito tempo, hoje, com suas vozes juvenis; amanhã, de adolescentes; depois, de adultos, mas capazes de nos alegrar no carnaval de Macalé, ou noutras reuniões.

E o Nelson vai ainda emprestar por muito tempo a sua colaboração para que continuemos aprendendo e acreditando que o mundo pode acontecer, que o mundo é nosso e depende de nosso trabalho.

Meus cumprimentos ao Marcelino, meus cumprimentos ao José Miguel da Conceição, que revejo hoje – e como sempre – com muita satisfação; o abraço do PDS a todos os integrantes, amigos, ao Guaraci. O nosso abraço Nelson Cardoso e os nossos votos de continuados sucessos. A todos, felicidades. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra inicialmente ao Dr. José Miguel Conceição, que falará em nome do primeiro homenageado da Sessão, iniciativa do Ver. Wilson Araújo. A Mesa registra nesse intervalo a presença do Presidente da Associação Gaúcha. Com a palavra o Sr. José Miguel Conceição.

 

O SR. JOSÉ MIGUEL CONCEIÇÃO: Exmo. Sr. Ver. Dilamar Machado, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, meu querido e prezado amigo de longa data Nelson Cardoso, meu prezado amigo Wilton Araújo, meu grande e antigo amigo, para não dizer velho amigo, João Dib, Sr. Ver. Dilamar Machado, meus companheiros Marcelino, senhoras e senhores. Em primeiro lugar preciso declinar os agradecimentos do Grêmio Atlético Marcelino, a iniciativa do Ver. Wilton Araújo e o acolhimento da Casa, a homenagem que hoje se presta aos 50 anos do Grêmio Atlético Marcelino. E o Sr. Presidente Ver. Dilamar Machado, Presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, os nossos mais emocionados agradecimentos pela distinção que a Câmara Municipal de Porto Alegre registra em nome de nossa entidade. E a história de Marcelino sinteticamente é uma história simples de jovens simples, modestos e humildes que habitavam uma faixa de terra limitada por um riacho que, por inundar permanentemente a área, tinha o nome – e continua com o nome – de Dilúvio. E do outro lado, beijando o cercado do Orfanato do Pão dos Pobres, as águas do Guaíba. Era um faixa alagada chamada de Cidade Baixa, porque na Cidade Alta estava o Governo do Estado, estava a Catedral, estavam as grandes mansões de famílias tradicionais. Nós estávamos na Cidade Baixa, imprensados entre dois rios, ou um rio e um riacho, procurando sobreviver numa faixa de terra chamada Areal da Baronesa, faixa esta proibida para as famílias mais aquinhoadas na época, faixa esta que a nossa benemérita Brigada Militar só conseguia entrar a cavalo e com os espadões abatidos, dada à má fama que a região possuía. E nessa faixa proliferavam-se as Trincas: era a Trinca da João Alfredo; era a Trinca da Baronesa; era a Trinca da Travessa Pesqueiro. Em suas avenidas, cruzando-se verticalmente à Baronesa, que era uma faixa de terra ladeada por valões, onde eu e meus seis irmãos homens colhíamos a salada do dia, pegando aquela verdura que todos conhecem, o agrião, que proliferava ali e eu mesmo, pessoalmente, fazia, com meus outros irmãos, as fiadas de rãs e sapos que nós, prazerosamente levávamos à Confeitaria Rocco para poder transformar em empada e receber algum dinheiro em troca. Era essa a região. E brigava-se por qualquer coisa. Os adultos, no momento de desespero, porque um atacava o time do outro, quebravam o gargalo da garrafa e digladiavam-se com o caco na mão; os jovens, os moços, as crianças de 10 a 18 anos, formavam as trincas e não permitiam que a trinca do outro lado entrasse em seu território. E era assim o Areal da Baronesa, o famoso Areal da Baronesa, que deu gente importante, importante pelo ideal, pela solidariedade, pelo carinho fraterno que os unia àquela garotada! Já a própria escritura diz que o Senhor advertiu: olhai os lírios do campo, eles não pedem nada e se vestem melhor do que os maiores príncipes! Nós, naquela época, procurávamos ser alguém; como os mais altos, os mais adultos eram valentes e fortes, nós começávamos a seguir essa trilha. Até que um dia, um homem, italiano, cabelos brancos, que tinha um barzinho em frente à Praça Cônego Marcelino, onde está, hoje, a Igreja do Pão dos Pobres, juntamente com o (...) e outros, resolveu trazer essa trinca da Baronesa, tirá-la do meio da bebida, do meio da briga, e entregar a essa trinca de jovens de 10 a 18 ou 20 anos de idade um ideal com três cores e, num campo em frente, formar um time de futebol! No outro lado, na João Alfredo, num outro bar, o Licério fez a mesma coisa e surgiu, então, o Grêmio Atlético Marcelino e os Piratas. As trincas já não brigavam mais, elas disputavam a hegemonia num campinho em frente ao bar do “Seu Vicente”, e as reuniões se faziam naquelas modestas mesinhas de um bar. E este homem Vicente de Sanctis mostrou a nós, jovens da época que havia valores maiores do que a briga, existiam valores maiores que a ambição de vencer pela força. Mostrou a nós, pequenos jovens, que poderíamos atingir o que atingimos, hoje, 50 anos depois, e neste mesmo grupo, engenheiros, arquitetos, advogados, funcionários públicos, bancários, que aprenderam naquele areal da Baronesa o que é amizade, honra, verdade, o que não devia ser mentira, o que deveria ser convencimento, solidariedade e, sobretudo, respeito mútuo.

A história do Marcelino continuou com grandes vitórias, então. Vitórias inolvidáveis, como aquela, extraordinária, na prorrogação contra o São Paulo Futebol Clube, quando o Marcelino conquista o título de campeão absoluto amador de Porto Alegre.

E que um radialista da antiga PRC-2, chamado José Conceição colocou no ar, no seu comentário diário de “Boa-Noite para Você” o grande grito que inundou a Baronesa e resgatou o Areal da Baronesa ao respeito de toda a Porto Alegre, quando gritou: “Boa-noite para você, Grêmio Atlético Marcelino, campeão absoluto do futebol de Porto Alegre”.

O Marcelino continuou após a vitória e continuou com outras vitórias até que Deus nos levou o Vicente de Sanctis.

Mas, não acabou, porque Vicente de Sanctis não reuniu aquela plêiade de jovens que não tinham nome nem sobrenome mas que eram moleques da Baronesa, não somente nos reuniu, entregou a estes jovens um ideal, entregou um conceito de solidariedade, de amor, de amizade fraterna, de amizade imorredoura. E com o falecimento de Vicente de Sanctis, Manuel, Falinho, Guaraci, continuaram por todos esses anos na expectativa de que o Poder Público, através da sua Câmara de Vereadores, através da Prefeitura Municipal retirassem-no da hibernação do seu ideal, colocando novamente no campo, mas enquanto isso durante todos esses anos reunindo-se continuamos acalentando as memórias dos feitos que conquistamos e cada vez mais nos reconhecendo dignos da herança que Vicente nos havia entregado. Hoje, cinqüenta anos depois, cabeças encanecidas, pais, avós, sempre que nos juntamos, provamos, Sr. Presidente, provamos que quando o ideal é plantado no interior e no espírito da alma de um jovem esse ideal só tem duas conseqüências: se for mal, se for interesseiro, se for envolvente para o inconseqüente, vai transformar esse jovem em um moço, apenas num bloco de manobra do interesseiro. Mas se o ideal é alto, é nobre, é desinteressado, só consegue transformar um jovem sem nome, sem sobrenome e sem passado, em jovens úteis à sociedade e, sobretudo, em gigante do impossível, porque conseguirão essas pessoas, através do seu ideal, através do seu exemplo e sua dedicação, da sua amizade fraterna, da sua solidariedade dar o exemplo de como deve viver um homem na sociedade. O Grêmio Atlético Marcelino é aquela flor, que não pede nada, aquele lírio que se veste com o melhor, porque recebeu o influxo de um grande ideal, ele há de permanecer por muito anos, apesar de passarmos, apesar de desaparecermos. No dia em que o Poder Público Legislativo ou o Executivo de Porto Alegre, voltar novamente os seus olhos para estes jovens, não para criar reformatórios, não para colocá-los em segregação social, mas colocá-los dentro de um ideal esportivo que seja, neste momento, nós vamos resgatar a nossa sociedade e resgatá-la cada vez mais.

Sr. Presidente, emocionado em nome dos meus companheiros do Marcelino, agradeço esta distinção propiciada pelo Ver. Wilton Araújo e aprovada por esta Câmara Municipal. Que Deus Inspire V.Exas e os outros companheiros de Bancada e de Câmara de Vereadores a buscarem um exemplo destes jovens de 50 anos que aqui estão, exemplos para projetarem os jovens de dez anos que aí estão esperando pela iniciativa de todos vocês. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Convido o nobre Ver. Luiz Machado para que faça a entrega do prêmio “Ecologista do Ano”, ao Dr. Nelson Cardoso, pelo programa “Arco-Íris”, da TV Guaíba.

 

(É feita a entrega do Prêmio.) (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE: A seguir, concedemos a palavra ao homenageado Dr. Nelson Cardoso. Posteriormente à oração do Dr. Nelson Cardoso  pediríamos que a professora responsável pelo Coral Vozes, da Escola Estadual José do Patrocínio fosse deslocando seus integrantes para a parte fronteira a nossa Mesa.

Posteriormente, teremos também a apresentação do Coral Canarinhos da Restinga.

 

O SR. NELSON CARDOSO: (Lê.)

“As Casas Legislativas, em regime democrático – permita-me observar Senhor Presidente, a quem saudamos em sua representatividade e, particularmente, meu caro Dilamar Machado, com o carinho que dedicamos a companheiros de longas trajetórias no Rádio e na Televisão do Rio Grande do Sul – (T) são as Câmaras de Vereadores, senhor Presidente, aquelas que mais de perto refletem as comunidades a que servem.  Seus integrantes estão, mais do que em quaisquer outras, impregnados dos anseios e das emoções que permeiam as pessoas de uma mesma vivência, num mesmo lugar e momento do seu dia a dia.

São, por isso, os Vereadores, em geral, singularmente vocacionados à Comunicação. Muitos encontrando no exercício de causas e de efeitos da lide política campo fértil para a expansão de verdadeiros talentos. Assim como talentos de Comunicação são atraídos para as lides parlamentares por ali encontrarem matéria farta e pautas extensas, brilho de imagens e de manchetes, mas para além da notícia de ontem.

A palavra é Lei. Ultrapassa a dimensão causal da informação pela informação.

A notícia que vai ganhar as ruas leva a forma e a força de uma conquista concreta.

A banda toca e o burgo se agita em festa porque tem água na praça. O autor da façanha lá está, nos braços do povo. Mereceu o voto. Escreveu a história. E não vai se perder no encerramento da programação da emissora ou no sumidouro dos jornais da véspera.

Porque a palavra é Lei.

Saudamos, portanto, esta Casa Legislativa nas pessoas de seus legítimos representantes, entre os quais – e mais uma vez permitam-nos particular referência – encontramos comunicadores de ofício, prezadíssimos companheiros e amigos, que transladaram para cá suas bagagens e carreiras profissionais. E, ao assim fazer,  estamos nos reportando ao fato de aqui estarmos numa sessão que soleniza a homenagem a um programa da Televisão Guaíba, do qual tenho o privilégio de ser o Realizador.

(T) Parece que nada mesmo acontece por acaso e tudo vem à luz impregnada de um “Karma” que transcende a lógica. É o selo de “maktup” na certidão de nascimento.

(T) Nada estava escrito no final da década de 80 quando Arnaldo Güeller sentiu e viu o caminho da utopia. É que ele é uma dessas raras pessoas dotadas de premonição em meio de labirintos. 

Ecologia, então, era ainda uma expressão um tanto vaga, algo suspeita, vista por muitos com cores ideológicas no mínimo difusas e pouco confiáveis, embora já se falasse em Meio Ambiente, até porque havia sido realizada em 72 uma Conferência Mundial da ONU, em Estocolmo, destinada a discutir as condições de vida no planeta e que, na verdade, não foi mais do que um inventário sobre as disponibilidades dos recursos naturais exploráveis ainda existentes, de onde surgiria a preocupação – evidentemente não holística, mas olhando para a dispensa – do desenvolvimento sustentável.

Mas Ecologia já era definida como ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e destes com o meio onde vivem, muito semelhante ao conceito de Biodiversidade que é “a soma total de vida na Terra, em nível genético, de espécies e de ecossistemas”.

Antes disso, no Brasil, a velha sina do Rio Grande do Sul em ir à frente tornara conhecidos os trabalhos do padre Rambo. E em breve a primeira bandeira ambientalista seria desfraldada por Henrique Roessler, cuja maior felicidade eram cochilos nas tardes quentes à margem de um rio que rolava suas águas alegres sobre seixos produzindo um rumor de pequenos sinos. (T) Mas era tudo ainda incerto, diluído em contradições, embora algumas obras de ciência estivessem ganhando popularidade, emitindo alertas. Com o livro de Carrel, “O Homem, Esse Desconhecido”, que se referia à Biocracia como provável e possível forma de governo em futuro não muito distante.

As utopias são assim, improváveis e impossíveis como a construção ou a derrubada de um muro. Mas são elas que têm conduzido a Humanidade através dos tempos, e são sempre elas os motores das grandes transformações. Os sinais de quando surgem nem sempre são bem perceptíveis. Evidências que se somam pouco a pouco, transparecendo numa inquietude que afeta e desestabiliza valores e conceitos consagrados. (T) De repente, a Ecologia começou a ser considerada. Seus primeiros sinais em movimentos coletivos surpreendem a Europa e ultrapassam as fronteiras.

 No Rio Grande do Sul um engenheiro-agrônomo assume a liderança de um grupo que já faz parte da história do ambientalismo no país. É José Lutzenberger. No começo, quase amaldiçoado, foi quem balizou os espaços a serem conquistados. Surgia a primeira entidade ecológica gaúcha dentro dessa época.

A idéia de Arnaldo Güeller veio no rastro dos acontecimentos que iriam transformar a década de 90. A idéia, contudo, era ainda arrojada. Levar para a Televisão um programa inteiramente dedicado ao assunto. Parecia improvável como o próprio movimento ecológico. As utopias são assim.

O projeto, porém, tomou seu curso. Foi para as mãos de um comunicador que é também publicitário, José Salimen, o nosso Salimen Júnior, cuja crônica profissional é um capítulo inteiro na história do Rádio. Difícil de realizar a idéia. Difícil de tirá-la da gaveta, onde permaneceu algum tempo, como em maturação, como também amadurecia o novo conceito de preservação da natureza. Não havia nenhuma referência à realização da RIO-92.

Foi quando recebi o presente que, na hora, me pareceu muito mais grego do que turco. E sua primeira inviabilidade vinha do Veículo. (T) Que Veículo... que emissora de Televisão comercial no Rio Grande do Sul ou no Brasil, iria comprar aquela idéia?

Pensamos. E decidimos. Só havia uma, primeiro por ser independente, e segundo por ser a única cuja programação se volta e se identifica inteiramente com as comunidades gaúchas: a Televisão Guaíba, da Rede independente de emissoras da Companhia Jornalística Caldas Júnior. E na proposta, levamos também uma decisão. Seria um programa sempre dedicado, preferencialmente, ao Rio Grande do Sul, em toda a abrangência da emissora.

(T) O Vereador Luiz Machado, autor da iniciativa dos Projetos de Resolução de instituir e conferir o primeiro prêmio “Ecologista do Ano” – Câmara Municipal de Porto Alegre, tem uma acurada sensibilidade, a sensibilidade de um comunicador: primeiro, por ter percebido toda a importância do rumo da Ecologia nas transformações visíveis e palpáveis em que ingressam as sociedades humanas. É preciso mudar. E vai mudar. E a consciência dessas mudanças começa nesta nova visão da vida em relação ao planeta. O que era novo não é mais. A Revolução Industrial chegou aos seus limites extremos. O que se fala, agora, é em preservar a vida. E só tem um lugar para se viver. Ninguém incendeia a própria casa e fecha as janelas. É a nova utopia.

(T) Num segundo momento, o mesmo Vereador propõe a láurea, pela primeira vez ao programa de uma emissora eminentemente comunitária em consonância perfeita com o trabalho desta Casa Legislativa. Daí, certamente, o voto favorável, unânime, do Plenário, quando da proposição do “Projeto Arco-Íris” para o Prêmio Ecologista-92 da Câmara Municipal de Porto Alegre.

(T) Foi este mesmo sentimento que sensibilizou a Direção da Televisão Guaíba, dra. Helena Ribeiro e Norvaldo Martins, ao aprovarem a idéia e o título do programa, “Projeto Arco-Íris”, extremos que se unem ligando o Homem e a Terra, como mãos que se enlaçam.

Por tudo isso, Senhor Presidente, ao completar três anos de exibição contínua do programa, sua Produção, seus colaboradores diretos, entre os quais ressaltamos a participação de Paulo Sérgio Pinto, as equipes técnicas da emissora e sua Direção, com todo seu decidido e corajoso apoio, agradecem a formalização do prêmio, que estamos recebendo entre as atenções solidárias de ecologistas, patrocinadores e amigos.

Memória, ainda, afetuosa e saudosa, a João Carlos Ritter pelo empenho, colaboração e esforços que sempre nos ofereceu para concretizar a idéia. E que esta idéia, Vereador Luiz Machado, passe a ser um símbolo também para sua carreira política nesta sua clara visão de que os tempos estão mudando, que a própria política muda e terá de mudar. Tempos em que se fala de Biodiversidade e de Biocracia.”

Temos a felicidade de estarmos sendo ouvidos neste instante por dois Vereadores que julgamos da maior competência dentro de todas as definições que expusemos de comunicadores e de políticos. É uma honra Vereadores. Wilton Araújo e João Dib, com quem tive o prazer de trabalhar cotidianamente na nossa TV Guaíba, termos as suas presenças como que representando todo o Plenário que aprovou a Proposição do Ver. Luiz Machado. (Lê.)

“São novos tempos em que se fala de Biodiversidade e de Biocracia. Novos tempos de uma nova consciência que será formada, e já está sendo formada, por quem informa e comunica. E esta é uma Casa de privilegiados comunicadores. Além da informação levam a decisão política de fazer.”

A palavra é Lei! Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Teremos agora a apresentação dos dois corais, inicialmente o Coral Vozes, da Escola Estadual José do Patrocínio que apresentará, em primeiro lugar, uma música do folclore francês com adaptação de letras feitas por alunos da 6ª série. Em segundo momento, o Coral interpretará de Jaime Orvaille a música “Azulão” que mereceu o arranjo da Professora Noemi. Vamos inicialmente ouvir o folclore francês com o Coral da Escola Estadual José do Patrocínio.

 

A SRA. NOEMI: A Escola José do Patrocínio participar nesse Evento, participar na Câmara de Vereadores destas iniciativas de Ecologia, valorização da natureza e do ser humano. Pedimos desculpas por alguns senões porque esta Escola ainda está iniciando um Projeto de música que pretendemos seja um Projeto também não só Ecológico mas lolístico uma alternativa nova na educação e que traduzindo seria atividades de música, arte e teatro e também outras atividades livres na área da Educação que pudessem ser feitas pelos alunos da nossa Escola e abertas à comunidade.

 

(Apresentação do Coral Vozes, formado por crianças da Escola Estadual José do Patrocínio, que cantam “Natureza” e “Azulão”.)

 

O SR. PRESIDENTE: Nosso muito obrigado aos amigos e amigas do Coral Vozes e parabéns!

Convidamos, agora, para apresentação, o coral juvenil Canarinhos da Restinga.

O Coral Canarinhos da Restinga apresentará três números musicais: Horizontes; Boto Rosa; Vida e Natureza. Todas ligadas ao movimento ecológico e muito apropriadas à homenagem que o Ver. Luiz Machado presta particularmente ao Nelson Cardoso e ao seu Programa Arco-Íris, da TV Guaíba.

 

(Apresentação do Coral Canarinhos da Restinga.) (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE: O nosso muito obrigado aos integrantes da Câmara Municipal, aos Canarinhos da Restinga.

Parabéns aos seus organizadores pelo bom gosto e, particularmente, a minha homenagem pessoal pela escolha da música “Horizonte” do meu querido amigo Flávio Rocha.

E dizer às meninas e meninos do Coral da Restinga, que estão cantando diante de uma pessoa que além de ser um dos grandes ecologistas do nosso Estado, Humberto Didonet, é uma das pessoas que mais entende de Canto Orfeônico e Corais, no Rio Grande do Sul. De repente, pode até encaminhar vocês para caminhos mais santos.

Muito obrigado. Parabéns. Obrigado ao Ver. Luiz Machado por ter trazido este pedaço tão querido da Restinga aqui para a Câmara Municipal, os Canarinhos da Restinga.

Muito obrigado à Escola Estadual José do Patrocínio.

E antes de encerrar esta Sessão, em nome dos Vereadores Wilton Araújo, Luiz Machado e João Dib que nos honraram com a palavra, saudando nossos homenageados, ao Dr. José Miguel Conceição, ao seu Grêmio Atlético Marcelino, a todos os amigos presentes. Ao Nelson Cardoso e a todos os integrantes do Programa Arco-Íris da TV Guaíba. A todos muito obrigado pela presença.

Encerramos a presente Sessão.

 

(Levanta-se a Sessão às 19h.)

 

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